18 de setembro de 2010

MANIA DE TER MANIA DOS OUTROS

Me peguei por diversas vezes lembrando e me divertindo com essa mania infantil que tenho de experimentar ou tentar realizar ou acontecer com as manias dos outros.
Pelo que me lembro talvez ate tenha começado mais cedo do que isso, mas me lembro de que certa vez minha mãe relembrando os tempos ruins de menina pobre, mas bem pobre do interior de Itapipoca, onde ela e as irmãs sofreram dentre os males do sertão seco, o mal de não ter tido um pai presente, então ela nos falava que para enganar a fome, era uma mistura de farinha com açúcar, então daí me lembro à primeira descoberta, devo confessar que se a mania alheia for envolvida com  possibilidades gastronômicas, na menor oportunidade La estou eu realizando, como numa terapia da crença, praticamente um São Tomé das manias.
Provei então a tal iguaria da seca, farinha e açúcar, escondido claro, acho que seria outro ingrediente.
Bom... Não foi a melhor degustação da minha vida não, mas foi com certeza uma experiência que me fez entender bem o que minha mãe passou e por que dizia aquilo pra gente com tanta altivez, como se fora um ato heróico ter sobrevivido à base de farinha e açúcar, e foi de fato.
Outra vez que lembro ter feito a mesma coisa foi quando um amigo de infância, disse que era divertido soltar pum dentro da piscina, como esta parte não é a mais interessante prometo ser breve.
Então como piscina na minha infância era praticamente artigo de luxo e sinônimo de férias, então as oportunidades eram pouquíssimas, então tracei o plano de fazer bolhas dentro da água.
Assim como em outras fases da minha infância, passava as férias na casa da minha avó materna, e tinha um grande amigo vizinho a ela, que praticamente fomos criados juntos, e ele sempre q nas férias, me levava para o falecido clube dos diários ali na praia de Iracema, alguém lembra? Pois era lá...
Fomos cedo porque o pai dele que nos levava, era daqueles velhos boçais que gostava de ler o jornal a beira da piscina para dar um de elitizado, balela, um alcoólatra machista e muito ditador, pelo menos era isso que eu achava na época e não sabia como xingar (risos), sim tinha vontade de xingá-lo disso tudo pelo que ele dizia sobre o Brasil e claro entendia deturpadamente nem sabia o que de fato se passava no país.
Bom, voltemos às manias, então sem demonstrar muita ansiedade, fomos para a piscina, onde passei horas a me espremer, mas claro sem dar muito na telha das minhas intenções...
Depois de muito tentar, e já quase um maracujá de tanto ficar dentro da água, praticamente desistindo desta experiência, sou tomado pelo susto quando meu amigo vem me chamar para irmos embora, fomos então atravessando a piscina, quando me vem à pergunta:
E aí já soltou o pum na piscina? Indagou-me o amigo de infância.
Foi praticamente carmico, sei lá algo entre o caos e a catarse, quando ia responder tristemente que não havia dado certo a experiência, por falta de material prático, me veio lá do fundo, com todo o trocadilho que a situação me permite, então soltei o famigerado peido, claro que eu e meu amigo nos afogamos de tanto rir, outro trocadilho infame, mas foi divertidíssimo, realmente soltar pum na piscina é bacana.
Com certeza agora não me virão todas as minhas manias emprestadas dos outros, mas agora recentemente me pus extremamente influenciado pelo filme “Mary and Max”, me permiti realizar a mania alheia, joguei na mega-sena os números que o Max jogou a vida inteira ate o dia que ganhou, vamos ver se tenho a mesma sorte. Mas para quem vai ver o filem, La tem uma série de manias gastronômicas, como o hot dog de chocolate, que ainda não tive como executar, já vi o filme três vezes, e me frustra não ter me organizado pra fazer isso, mas pelo que Max consumia de hot dog de chocolate, deve ser bom.
Então cuidado se você tem alguma mania só sua não me diga, porque eu vou lá e realizo viu!!! (risos)

4 de setembro de 2010

Resposta ao blog de um amigo coreografo

Muito me assusta pensar que uma colocação dessas pode de certa forma refletir o que será produzido aqui, e o que será mostrado para nossa colônia ou província, escolha a que você quiser sim o que será mostrado em nome da dança contemporânea do ceará, ai muito me assusta que estes intelectuais de um livro só, ainda possuam esse tipo de recalque infantil, cristão monarquista, que ate mesmo Freud não resolve, pois é uma relação terapêutica que não seremos nos muito menos a nossa dança que vai resolver, a não ser o próprio cidadão do referido comentário, não tenho a mesma paciência ou a mesma sensação que você tem de estar evangelizando ou catequizando os curumins daqui ou de lá, não tenho paciência.
Agora o que se há de pensar se você que já ganhou o mundo com sua bunda e seu corpo "ideal", e quando falo ideal, é porque ele está dentro de padrões que sei que você não os segue por futilidade e sim por questões estéticas e políticas como seu texto diz, imagine eu que tento expor minhas obras com o meu corpo completamente despadronizado, destreinado, para seguir adiante com uma obra minha onde meu corpo nu, não seja encarado só como um trabalho de auto ajuda, ou de superação, hoje mesmo passei por uma situação de uma senhora dizer para sua amiga que mesmo eu gordão com esse corpo que tenho ainda consigo ser bailarino ambas riram e eu sorri bem amarelo, mas era isso que elas podiam me dar. E esses leitores de araque que nomeiam seus Deuses Deleuzes sem sequer alcançar de fato os seus conteúdos?
Compartilho com você muitas angustias sem duvida.
Mas também me ponho como observador do que de fato tem sido produzido aqui com ou sem bundas, será que são reflexos de pensamentos em dança, ou somente massagens de egos, amamentada por uma vaga fria figura feminina dominadora, hipnotizadora de sapatilhas, onde no mundinho deles só acontece o que ela quer?

1 de setembro de 2010

Sobre Amigos e Monstros

É, definitivamente escrever no calor das idéias e das palavras aqui no blog tem me causado muito mais bem estar do que o contrário ou coisa que o valha.
E desta vez preciso diminuir o volume da TV para poder ouvir as milhares de coisas que estão querendo sair de mim, mas não garanto que todas virão para o blog porque vou esfriando o turbilhão.
Acabo de ver um filme estupidamente maravilhoso ou se assim lhe couber o trocadilho amigavelmente espetacular, e é disso que o filme fala, AMIZADE, algo que como diria Wilde, não se ousa dizer o nome, sim por que nos meus dias bons ou ruins, venho descobrindo que esse troço de AMIZADE é muito mais do que elos de afinidade, é uma espécie de amor...
Mas voltando ao filme, senão a empolgação não me permite orientar as idéias. Então como dizia, o filme se chama Mary and Max, uma lindo e sensível filme de animação que nem percebi a sua duração afinal conta a historia de uma amizade que durou a vida toda, mesmo eu não me importando nem sequer me maldizendo quando alguém narra algum filme, muito pelo contrario isso só me instiga mais e mais para vê-lo, não serei óbvio em contar o enredo aqui, quero metaforizar outras coisas que permeiam o filme inteiro, esta obra de arte, que por acaso descobri o trailer no "youtube", quando pesquisava ainda coisas sobre problemas mentais, dei de frente com este trailer que falava mais sobre o problema psicológico que o protagonista sofre mas me encantei, por que de cara sou fã de qualquer filme de animação principalmente se for de macinha e materiais derivados, me remetem a tempos que não voltam mais, ou que já havia me esquecido, agora me perdoem pelo momento infância perdida (risos, não se preocupem minha infância foi perfeita, apesar da cirurgia, mas isso será motivo para outra postagem na hora certa).
Então percebi que o mesmo longa de animação não chegaria aqui tão cedo, e ou se chegaria, de pronto procurei o meu AMIGO que de tudo entende ou pelo menos sempre me passa essa segurança de ser o meu AMIGO  guru de assuntos cibernéticos e com o devido perdão aos criadores e aos cinéfilos, cometemos um crime federal, eu por pedir e ele por ter uma internet maravilhosa, baixamos o tal filme, no caso ele de pronto preparou um dvd todo bonitinho impresso fez até menu, e me entregou sem sequer ter visto ainda, coisa de amigo mesmo né...
Por conta do corre corre da faculdade e do trabalho, passei cerca de quatro dias andando com o DVD na bolsa para cima e para baixo na ilusão de arrumar tempo e ve-lo ao lado da minha AMIGA que também havia gostado do trailer. Hoje meio sem sono e cheio de dores na lombar e no pescoço, decidi vê-lo na falsa esperança de acomodar-me faraonicamente na minha cama de molas que já rangem como uma porta velha, mas que me acomodam bem até agora.
Deitei, olhei e chorei, e quando acabou o filme, me perguntei como eu vivi ate hoje sem esse filme na minha vida? De imediato me veio a resposta, vivi até agora porque tenho AMIGOS e é disso que o filme trata, uma amizade que combina e se cativa até mesmo com a distancia continental que pode haver.
Um dia minha mãe (que Freud me perdoe mas preciso mencionar assim), minha mãe me acusara de ter negligenciado meus amigos de escola e de infância que os tinha esquecido tudo por conta do teatro.
E claro veio o carimbo duro, pesado e cruel da culpa no meu peito, passei décadas para resfolegar esta marca e entender que se fossemos amigos "de vera" até o tempo nos faria mais amigos. E assim o foi em vários casos, AMIGOS de longa data, de media data, só não creio nos de curta data, porque estes ainda teem muito o que cativar.
Aos que estão distante do alcance diário dos abraços, aos que estão ao passar do tempo, e aos que estão nas janelas quando passo na corrida do dia-a-dia ainda não treinei tantos abraços de agradecimento, pois os mesmos ainda não seriam o suficiente para retribuir, contribuir em mesma moeda o desprendimento e doações. Por mais que a gente fale com mãe ou com pai, eles não entendem, AMIGO entende, respeita, ajuda, ouve e escuta, vê e enxerga, toca, abraça, acarinha, dá bronca, ensina, compartilha e divide, as vezes a situação é aparentemente insuperável ou intransponível, mas ai vem um AMIGO e convence você de que tudo é uma fase, poderes mágicos esse negocio de AMIZADE né?
Certo dia um AMIGO claro me ajudando a resolver um problemão comentou dentro da sua velocidade impressa pelo correr atrás de tudo, ele falou:
----- O cara tendo um AMIGO médico, um AMIGO advogado e um AMIGO no banco tem tudo na vida, a reflexão tem muito sentido dentro das variantes da vida prática.
Mas para mim basta ser e ter um AMIGO, pronto!
Sem essa de papo meloso, o que me levou a mais este relato, foi me valendo da prolixidade em relação a frase que termina o filme:

“Deus nos dá familiares. Graças a Deus podemos escolher os amigos”



Ficha Técnica do Filme Mary and Max.


Direção: Adam Elliot
Roteiro: Adam Elliot
Elenco: Vozes na versão original de Toni Collette, Philip Seymour Hoffman, Eric Bana, Barry Humphries
Trilha Sonora: Dale Cornelius
Produção: Mark Gooder, Paul Hardart, Tom Hardart, Bryce Menzies, Jonathan Page
Distribuidora: PlayArte
Estúdio: Gaumont
Gênero: Animação
Duração: 92 minutos
País: Austrália
Ano: 2009
COTAÇÃO: MAIS DO QUE EXCELENTE

23 de agosto de 2010

Horaro eleitorau gratis


Hoje vendo e ouvindo(diga-se de passagem que em alguns casos tive que colocar o ouvido bem próximo da TV para poder crer no que ouvia) o horário eleitoral gratuito, já que não tinha escolha de como e para onde mudar o canal, comecei a perceber a dicção e a verborreia que os futuros representantes dos interesses pessoais e coletivos da sociedade começam a falar.
Aí vem o festival de absurdos tipo:
Luizianne Lins (ainda bem que não votei nela, e nem vou votar na mãe dela) falando ANTOIU, e quase que 90% dos outros falando a expressão CANIDATO, me contorcia de vergonha e minha descrença aumentava a cada CANIDATURA que me era oralizada.
E pasmem que a proposta que mais me convenceu e que pelo menos eu já decidi em quem votar foi a proposta da Ex Miss Ceará Vanessa Vidal que por incrível que pareça é MUDA e não incorreu no deslize de "falar" CANIDATA, eu a vi, a ouvi, li e decidi que ao que falta a ela de audição, falta aos outros de conteúdo.

22 de agosto de 2010

Bisbilhotice que rima com idiotices

Olhando um álbum virtual de uma amigo que agora está morando na Tchecoslováquia, o vi literalmente bem nas fotos ao lado do seu "com sorte", cá estou eu me repetindo nos termos, tá na cara que estou em crise com este termo e seu significados e significantes reais e literais, pois bem...
Voltemos aos países longínquos, então tive a súbita inveja de querer estar lá, não sei ao certo se vivendo a vida dele, ou vivendo como ele, não sei, mas me veio aquela inveja que não é a inveja dos maldosos, a inveja dos destruidores, mas aquela frase: Por que não eu? ou até... Bem que poderia ser eu!
Já disse e repito para que aqui fique documentado de uma forma ou de outra, que me sinto por demais expelido pela minha terra, assim como se diz na piada de péssimo gosto, como se fosse parido a fórceps por um peido, sim me sinto um produto abortivo nessa e dessa terra.
E durante o instante inveja que não é a má, repito para que não me julguem e se caso aconteça algo a este amigo o qual tenho como modelo e referencia, agora não digam que foram as minhas palavras e pensamentos. Muito pelo contrario, o admiro muito sou feliz por ele e por suas conquistas, mas volto a velha prancheta dos desenhos que elaboram os desejos de que como no título do filme... Que dias melhores virão, e se for o caso q seja fora e ou bem longe daqui.
Sei também que não sou o único com esta sensação de despatriamento nos pés, não sou um deslumbrado com a metrópole (no caso falo de São Paulo, pois toda vez que retorno de lá, fico deprimidíssimo, digo toda vez que volto de lá por que desde que em 2007, passei um mês vivendo lá que prometi a mim mesmo que iria pelo menos uma vez por ano a esta cidade que me acolheu, mesmo que como turista, artista sei lá o que!).
Tenho vontades mil de ir embora mesmo que seja só pela imaginação, até por que é a única que me permite ainda a muitas coisas, ultimamente tenho sentido muita vontade de criar, sonhei com um espetáculo inteiro outro dia, me via dirigindo eu mesmo em cena e pra variar um palhaço novo a cada cena, mas também sei que algo me bloqueia e algo que vai alem de não ter dinheiro para que minimamente torne meu trabalho criativo que para  mim é tão rico, seja e tenha algum valor, to cansado de adaptar ideias grandiosas com orçamentos curtos, sinto que pedaços de mim são arrancados por uma guilhotina cheia de cédulas estampadas em seu gume.
Se me perguntarem atualmente o que me faz a cabeça ou que me tira do sério, responderei envergonhado que é com certeza o aluguel, poderia mentir, dizendo, que seria uma mulher, uma musa, um homem, um amor, um carro, uma viagem (nem isso pude me dar ainda, um breve retorno a São Paulo, e sei que se esta promessa pessoal que me fiz, for descumprida, terá o resultado igual a todas as outras que já quebrei, me dou mal sempre) e até este pequeno luxo de fazer esta viagem com cara de férias de burguesinho ainda esta distante, tanto pela grana, quanto pelo tempo e oportunidade.
Tenho aulas, tenho grupo de pesquisa, tenho compromissos, família, amigos etc etc etc...
A real realidade é que já constatei que me prendo a esses motivos muito mais do que eles merecem, na justificativa fraca e inconsistente de que são meus COMPROMISSOS e aí a minha conduta coerente me cobra medidas drásticas, me colocar sempre em segundo plano desta cadeia alimentar.
Aí vão-se os planos, as possibilidades, as alegrias, a tolices e o supérfluo, sim por que eu mereço isso nem que seja no lugar da roupa nova de natal e ano novo.

21 de agosto de 2010

Abobalhado ou ao acaso das coincidências

Meu "com sorte", pois é meu leitor querido, uso essa expressão, por que com o andar da carruagem da minha vida me sinto a cada dia mais e mais com sorte, apesar de ser um termo medieval, colonial, imperial.
Voltemos ao abobalhamento.
Então... (suspiros)
Meu "gringo", não ele não é estrangeiro, como ele é meio cabreiro, fica como codinome este apelido carinhoso. Hoje me dou ao luxo romanesco do prolixo.
Em um dia de visitas na casa dele aqui do centro, a qual ele decidiu reorganizar depois do divorcio, sim ele é separado e PAI, mas sem aprofundar muito este lado da realidade, voltemos a visita.
Então depois de muitas idas e vinda com embrulhos e pacote e caixas que umas para o lixo e outras para doação e poucas para devolução (para a ex).
Ele me mostrou uns livros e rapidinho sacou de uma pequena pilha um livro preto que não percebi quem era o autor, mas o que me atraia mais era o relevo da capa, que me remetia as portas da casa grande da minha avó Resila, onde cresci e fui muito mimado por ela, subindo em pé de jambo para pegar a fruta do pé e ver o movimento das formigas pessoas que passavam em baixo da minha altura emprestada pelo pé de jambo, onde também brincava de João e o pé de jambo.
Aproximei o livro da luz e das minhas vistas e vi que era um livro novo tipo daqueles relançamentos ou reedições ampliadas coisa chique mesmo, ai ele la do outro lado disse, fica pra você, de presente.
Nossa quase me derreti todo, logo por que se já não bastasse estar na casa do com sorte, estava com UM COM SORTE, fato raro nesses últimos seis ou oito anos, e eu estava ganhando de presente um livro do com sorte era demais para o meu dia, não fui nem par ao ensaio.
Pausa para mais um comentário bem paralelo, por conta do fato do com sorte permear agora os meus bons dias, tenho também me permitido pequenos descarregos de responsabilidades, em função de mim e dele e para nós, me perdoe leitor amigo, me perdoe leitor e amigo, me perdoem os amigos, mas tenho decidido me omitir para os amigos em função do com sorte, afinal preciso me dedicar um pouco mais as minhas particularidades.
Voltemos ao livro, pois o fôlego que agora não me falta para esta narrativa, me foi tomado pela surpresa desprendida do presente, talvez nem tenha tantas intenções que eu tenha imaginado, mas foi tudo tão mágico, que depois vi que o livro era de poemas do Augusto dos Anjos chamado EU e outras poesias, edição revista e ampliada.
Era um desbunde completo aqui posso literalmente listar tudo:
casa do com sorte
ajudando na organização
vendo suas memorias
compartilhando mais intimidades
folheando livros
ganhando um livro dele
um livro do Augusto dos Anjos
edição ampliada
capa com relevo
O que eu poderia querer mais?
Voltamos para casa e claro como todos os que estão em vias de namoro, fomos aos fatos óbvios, namoramos até dormir.
Então foi-se a semana, os dias, horas, até quando outra poesia se fez no meio de tantos fatos corriqueiros e rotineiros.
Deu um vento forte aqui no meu apertamento e algumas folhas do livro que ganhei do com sorte, me obrigando a tira-lo do lugar, e para poder recordar melhor de tudo aquilo que estava impresso entre o livro e eu, o pus em meu colo e comecei a folheá-lo, quando mais uma surpresa deliciosa. Cabe aqui outra pausa, devo confessar que tenho uma mania ou até mesmo á excentricidade de manipular livros de poesias como se os mesmo fossem "O minuto de Sabedoria" os tomo em minhas mãos, respiro fundo e abro em qualquer página, então leio o poema da esquerda, mas se ele não me for o suficiente, leio o da direita e pronto, assim leio vários livros e assim a poesia em mim reverbera mais.
Continuando depois da lacuna de 24 horas e reivindicações, mas devo confessar que a verve de hoje não é a mesma de ontem, muito menos o sabor das palavras, então creiam que o restante deste texto pode até parecer um outro, mas prometo que ao tema não serei infiel, pelo menos isso garanto.
Pois vamos lá...
Então, fiz o ritual louquinho de ler poemas, quando estava folheando para escolher a "sabedoria poética do dia", me cai do livro, meio que saltando entre as folhas, mas parecia um peixe ou um golfinho, quando salta no mar, me surgi uma nota de 50 cruzados novos, e de súbito não percebi de quem era o busto que esta impresso nela.
Claro que para poder identificar, tive que ir e vir com o braço ate acertar o foco dos meus olhos já em petição de miséria (aqui usufruo do drama que a profissão me permite) então li em letras corridas mesmo, o nome Drummond achei a coisa mais fofa do mundo e claro até pensei:
Porra! Por que não fizeram isso de novo? era uma boa forma de divulgar coisas boas, tudo bem que a fauna e a flora da gente precisa de referencias, mas do que me vale uma onça ou uma garoupa em um papel se não existem planos de fato para que não sejam extintos? Poxa vida! Drummond teve um só, não existe programa de preservação aso Drummond, então seria o mínimo para que o povo que de fato pega em dinheiro conhecer um cara que contribui tanto ou mais para que os humanos se coexistam bem e se preservem.
Decidi ver o verso da nota do Drummond que só resistiu ao tempo acredito eu que por estar entre outros poemas de um amigo seu de inspirações. Pois para melhorar a surpresa, do outro lado tinha na integra e claro e de muito bom gosto, em letras cursivas, um poema na íntegra do próprio Drummond.
Segue o poema:
"Canção Amiga
Eu preparo uma canção
em que minha mãe se reconheça
todas as mães se reconheçam,
e que fale como dois olhos.

Caminho por uma rua
Que passa por muitos países.
Se não me vêem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.

Eu distribuo um segredo
Como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
Dois carinhos se procuram.

Minha vida, nossas vidas
formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.

Eu preparo uma canção
que faça acordar os homens
e adormecer as crianças"

Em 1989, quinze meses após sua morte, começou a circular a cédula de 50 cruzados novos, que homenageava o poeta e trazia no verso este poema. Infelizmente, com a espiral inflacionária e a rápida sucessão de moedas (cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real), a homenagem durou pouco. A cédula saiu de circulação em outubro de 1992.  "Canção Amiga" foi musicada por Milton Nascimento. Clube da Esquina 2, 1978.

E para completar o ciclo de coincidências ou sei lá o que, o pósfácio do livro "EU" foi escrito por Drummond.

7 de agosto de 2010

O que se há de fazer quando tudo não vale a pena se alma é pequena

O caminho da decepção com as pessoas é mais curto do que o da felicidade ao lado delas... Mas eu um dia ainda aprendo.
Dia puxado, festinha no TJA animadinha, caras novas, caras velhas e também as mesmas caras. O que lascou foi ter "flagrado alguém ficando com alguém em frente a mim"... (trecho da música filme triste do trio esperança - jovem guarda) realmente a vida imita a arte em dramas baratos, atores canastrões e dramaturgia fraca, previsível e sem poesia alguma... E tenho dito!!!
Digo isso porque teria muito mais a dizer, mas este blog, não me cabe, e os leitores também não merecem saber desta parte mais dura e cruel que me pertence e que se move dentro de mim, por conta da completa incompetência para gostar e ser gostado de certo alguém, esse serviço muito mal feito de se  afirmar todo tempo que é original ou que empavonadamente Eu sou eu mesmo...
Piada
Patuscada
Palhaçada, olha só estou tão mordido de raiva que cá me encontro usando a imagem poética do palhaço para xingar outrem que sequer sabe a poesia de ser um palhaço.
Não vou mentir meu amigo leitor, estou com ódio, mas como sou craque em não mostrar isso, sou craque também em dissimular o meu choque diante das coisas, situações e pessoas óbvias.
Se não externo meus choques, é por que talvez o mesmo seja de fato mais escandalizador do que aquele ou aquilo que me escandaliza.
E vamos puxar a cordinha da descarga levando coração esgoto a baixo, essa me parece ha tempos a melodia que ruge no músculo involuntário dessa gente chata sem nenhuma graça... (mais citações de músicas) tento até me amenizar com essas pequenas poesias, talvez uma tentativa rala de refrear o que estou sentindo, daquilo que não se ousa dizer o nome, (esta citação já pertence a Oscar Wilde - livro De Profundis) que ouso em dizer que já li, li sim duas vezes, pois não queria acreditar o quanto o sebo da alma alheia pode inferir na vida de alguém tão magnífico como Oscar, quem dirá eu que sou mais um desencantado.
Pois é... Sem falsos parafraseados, sem modestias de tapinhas nas costas, me sinto como Wilde, com ou sem aforismos, e raramente estou me permitindo escrever na febre da verve e da situação.
Ao exortar teu irmão no momento da ira podes cometer perjúrio, esta lá em algum lugar na bíblia, não estou nem ai, quero é mais botar pra fora, quero mais é que o tal cara lá de cima castigue mesmo, com uma só apontada do seu dedo impiedoso. Pois que seja um cotoco. 

31 de julho de 2010

De simples assim, para o dentro do mim

Froeud que me de a licença de reclamar o que ja ha tempos não tenho direito
Quero colo, mão na testa ida e vinda desse peso sombreando a minha vista assim como um galho frondoso ao vento.
Assim como todo lamento não ter tido coragem para a derradeira despedida.
Aquela que se não fosse ela, não estaria aqui, uma raiz forte, meu "wassabi" de verdade.
Dona Resila, a outra Maria, mão daquela Maria de cá, acho que a única coisa que tenho em comum com o menino deus, de mães Maria tenho duas ou tinha, sei lá...
Uma já se foi e a outra o tal Deus ja a tirou de mim, pelo menos nos afastou pelas afinidades, assuntos e pelo dogmas.
O sagrado ao lado do profanado não combinam como arroz e feijão.
De amigos os reais que tenho, sou repleto do que mais eles tem a me dar a sua verdade.
mas mesmo assim não os quero com a minha cabeça no colo deles, acho que quero amor de mãe, carinho de vó, torta de biscoito em noite de natal.
Quero beijo na testa, pedir a benção sem a obrigação automática do costume.
Viver ainda um pouco mais o alguém que não tem...
Benção Dona Maria dos Reis.

Maria Cheia de Graça - Texto em homenagem aos 60 anos de minha mãe.




Sabemos que não estamos sozinhos no Universo. Desde que os primeiros seres humanos pisaram este planeta, nas várias partes da Terra, sabemos que não somos fruto do Acaso, mas filhos de um Ser Supremo. Não importa o nome que a gente dê a ele, Buda, Khrishna, Jeová, Alah, ou simplesmente Deus, importa é que ele existe e cuida de nós, e sempre quer o melhor pra nós. Por isto criou tudo o que existe, inclusive os Anjos. Entre esses anjos, alguns têm a missão mais sagrada, que é a de gerar novas vidas e cuidar dessas vidas, com amor incondicional. São as mães. Eu fui “sorteado” com o melhor desses Anjos. Não digo anja, porque todo mundo sabe, anjo não tem sexo. E o meu Anjo, até pelo nome, é cheio de Graça. Graça terrena, mas também graça divina. Não é fácil cuidar de tantos filhos de deus, e incutir na mente e no coração deles as graças que recebeu. Minha mãe conseguiu, e consegue, todo dia, ser digna da bênção que deus lhe deu, de ser mãe. Tudo que eu sei, e sou, devo primeiro a Deus, depois a Dona Graça, e podem até me chamar de príncipe, porque afinal de contas ela veio de outra Maria, que era dos Reis... então.. neto de Rei... é príncipe, não é? Mas vocês podem pensar: o que ele sabe? Sei o mais importante:
Que sou filho de deus, e por isso não tenho medo dele, tenho amor e respeito, porque foi assim que Dona Graça me ensinou. Sei que devo amar ao próximo como irmão, porque viemos do mesmo Pai; e não preciso sair pulando e gritando aos quatro ventos o nome dele em vão, mas falar ao meu pai em segredo, do fundo do meu coração, que ele me ouve, e que a minha mão esquerda não saiba o que a mão direta faz. Pra mim, é nisso que se resume – como dizem – a Lei e os Profetas. Trabalho com alegria, levando alegria aos outros, não importa a cor, a raça, o lugar aonde nasceram, se são ricos, pobres, importantes ou gente simples, qual a religião deles. Levo Alegria às pessoas. E se tenho alegria de viver e pra dar aos outros, é muito por causa do amor que recebi em casa. Isso, não tem preço. Muito obrigado, Dona Graça, Deus lhe dê saúde e muitos anos de vida. 

Eu te amo porque:

1.   Sou preguiçosa: ia dar um trabalho danado procurar razões pra não amar;
2.   Os teus defeitos saem facilmente no photoshop;
3.   Quando penso em alguém de coração maior que a barriga, teu rosto me vem à mente;
4.   Você consegue ser engraçado sem ser ridículo;
5.   Você nunca desvia ou baixa os olhos quando fala comigo;
6.   Você me conta coisas mais constrangedoras do seu cotidiano, sem medo de bancar o tolo diante de quem te ama;
7.   Você me confia tolices, sonhos, inseguranças, o que significa que posso fazer o mesmo sem medo de ser sacaneada;
8.   Você não zomba das minhas idiotices; ri comigo, mas não ri de mim, e tem um sorriso arrasador;
9.   Nossas pequenas discussões sempre acabam em gargalhadas;
10. Você mente pra me agradar, e eu finjo que acredito pra não te aborrecer.
  
Beijos.

Cris

A primeira impressão de da primeira pessoa que leu o meu projeto de monografia, antes de entregar é calro

Amore mio,

O texto é substancioso e esclarecedor. Pelo menos para mim, que pouco ou nada sabia do assunto. Mas não é fácil escrever nos moldes acadêmicos. Não pense que, pela quantidade de “correções”, que sugiro, você é incompetente. Longe disso. É que Língua Portuguesa não é a tua praia, assim como dançar não é a minha. Às vezes, por causa de uma vírgula faltando ou sobrando, perde-se todo o sentido da frase. Quem escreveu entende perfeitamente, mas quem lê fica numa dúvida cruel. Isso pode até ser bom em literatura, mas numa monografia compromete a qualidade (e a nota, claro).

Um tropeço muito comum cometido por quem não tem o hábito de escrever é a falta de coesão, de encadeamento entre as idéias. A falta do verbo principal de uma oração deixa o pensamento truncado, ou incompleto, prejudicando o entendimento. E quem não tem prática, nem percebe. Vejo isso toda hora, mesmo em teses de doutorado. Não esquenta.

Nessa primeira leitura, destaquei em cores diversas o que pode e deve ser alterado, em nome da clareza. Mas queria te ajudar a deixar esse texto “enxuto”, beleza. Porque é muito bom, mesmo, só falta ser colocado nos trinques, entende? Meu problema é tempo. Qual é o prazo de entrega? 
Cris  

Quarta, 21/1/2009 15h29min: 03

30 de julho de 2010

Um papo com a experiência

Pra quem tu escreveu aquilo?
quando chego ele so falta me por no colo
Será que gosto mesmo ou é só poesia?
tudo vem a tona de novo
fico super confuso
 triste
 sei lá
 pelo menos ate agora sei que o amo ou o amei de verdade
 ate agora não senti isso por mais ninguém
que beleza, amor nunca é em vão, mesmo quando não correspondido serve ao menos pra gente ficar maior, melhor
mas ainda sofro de uma forma ou de outra sofro
 toda vez que falo com ele ou quando o vejo
 em outros tempos sentia tanta saudade que as dores no corpo me eram muito mais presente do que ele
é... mas eu disse uma vez e repito: o que me salva não é o amor que eu recebo, mas o amor que eu dou
 dessa saudade que dói até as pontas das unhas, e os cílios,  sei como é
pelo que eu escrevo fica aparente assim pelo que passei
chega um ponto que não se sabe mais onde é a dor, quando começou, nem se dói a carne ou a alma.
 fica sim, pelo menos pra mim, que conheço a dor
Já estava cansando de investir e ele dizer que me ama mas não rolava nada
vai ver ele só queria te proteger
ele tambem dizia isso mas ele me deixava confuso
queria, mas na o tinha coragem de botar tua vida em risco, isso é bom sinal
 pensa q é facil a gente se relacionar?
eu ja entendi q ele queria me proteger
pois entao!
mas mesmo assim sofria muito e como era muito imaturo decidi me afastar
sofria muito
tu lá sabe o que é sofrimento.
nem nasceu ainda
não sei então o que sentia, só sei que não gostava do que sentia
me deixava inconsciente  e improdutivo
então era tudo, menos amor, só paixão mesmo, tesão
 e isso passa
 amor é que não tem cura
 pior que câncer, diabetes, aids
mas ...
 eu não o esqueço nunca
mas uma ova
o que sinto quando o vejo mexe tanto comigo q ainda sinto vontade de chorar
sei que não vivi nada ainda
olha aí!
mas pelo menos o que eu senti por ele
 ainda não senti por nenhum outro ainda
tá vendo?
eu penso que é amor
num deixa isso escapar, num deixa isso desaparecer não
se agora ele aparecesse na minha porta agora dizendo que me queria iria na mesmo hora de olhos fechados.
 mas ele não quer
é mais raro que mãe de noiva calma
ele se fecha demais
não permite q eu sequer toque no assunto
putz, que situação
pois é
 e pra mim ele pode ta mais velho mais feio mas acabado por causa do cigarro
eu sempre me apaixonei, nunca fiquei com ninguém só por ficar
mas amor mesmo...
mas ele ainda é o mesmo que mobiliza em mim um sentimento tão forte q nem sei como descrever
se soubesse, não era amor
mas olhe só pra você ver a gente nunca sequer beijou na boca
 o Maximo foi abraçar e pegar na mão
imagino, isso é que mata
 sei como é difícil se segurar pra n ao  agarrar e na o soltar nunca mais
pois é
tudo q você imaginar em matéria de sofrimento nessa área eu já passei
 compensação, tudo q imaginar em matéria de felicidade... também
 o que me mantém viva é a memória
 se eu perdesse a memória acho q morreria
pois é o q me contenta é que ainda tenho muita gente pra conhecer
ô se tem! e como tem
e se deus quiser ainda amar outros q por mim passar
pq me frustra esta experiência
 então tenho q ter outra para eu aprender com a vida q nao vou viver so de primeiras experiências
mesmo em se tratando de sofrimento
pois se eu pudesse escolher, queria nascer de novo perto daquele em dez planetas diferentes, até deus desistir de governar o universo

20 de julho de 2010

Ai como eu ainda o amo....

Quanto mais tento evitá-lo, mais ele escarafuncha dentro de mim.
Impossível negar a ereção ao abraçá-lo, tudo muito mais forte que eu.
De fato parafraseando; a carne é fraca, tanto mais a minha do que a dele
Tento não sofrer, mas o que mais faço é disfarçar a dor antiga, o desejo vulcanizado quase em erupção.
eu que brinco de ser o forte, me rendo aos desmandos do leão
basta uma ligação, me entrego a guarda os segredos e as vontades.
A pseudo distância me ilude como quem me diz que superei ou esqueci, mas uma vez que seja, sou todo dele mesmo sem que o saiba e com a certeza de que ele não quer.
o que mais me alivia são as falsas desculpas do famoso tempo curto...
Quando na verdade o que mais quero é abraça-lo até sentir que algo de sua vulnerabilidade será exprimida em meus braços e que o próprio se entregue as essa minha reprimida força.
Te-lo em meus braços de outras formas possíveis paradoxalmente tornam-se impossíveis.
Ah! como eu ainda o amo.
o que mais me assusta é o medo de que não ame mais algum outro ou que a reciproca seja verdadeira.

30 de junho de 2010

Dia de cão!? Ou de Idiota?!

Gostaria que este email, servisse de alerta a todos que participarão ou já fizeram algum trabalho na área de vídeo com o núcleo de produção audiovisual da Faculdade Grande Fortaleza, a antiga Gama Filho.


Em abril eu prestei um serviço de ator para um vídeo tipo tele aula, onde no mesmo dia que fui chamado as pressas, foi gravado no passeio público a tarde, eu cumpri todas as minha obrigações como profissional que sou, cheguei meia hora antes do combinado, com texto na ponta da língua, e fiz o que era pedido pelo diretor, ou seja fui extremamente profissional.

E a Produtora que lá estava, chamada Jeanne, em um papel anotou meu RG e CPF, foi quando a indaguei se não seria necessário outros números tipo ISS e PIS, ela me disse que a previsão de pagamento era para o fim de MAIO e por isso ficou.

Então depositei no cofre das almas e entreguei a Deus...

Mas como nada é como deveria ser em relação aos pagamentos para todo e qualquer artista, estou eu desde a semana passada trocando emails para confirmar os tais números que ela não me pediu, e quando senti o cheiro de que algo não daria certo, pois o número do meu CPF não batia, claro, no lugar do meu número havia sido fornecido de outra pessoa, mas isso foi resolvido via email.

Marcado o dia para receber, no caso hoje quarta-feira 30, já que na segunda-feira dia 28, tinha jogo e o meu CPF foi anotado errado, então me desloco aqui do centro da cidade de onde moro, as oito e meia da manhã, chego no terminal da lagoa espero por um ônibus que demora 40 minutos para chegar, e chego na FGF pouco mais de dez da manha, para quando atendido dar com os burros n'água e constatar vários absurdos que a incompetência ou o amadorismo de uma produção informal e desorganizada é capaz de produzir:

Fizeram um RPA e mesmo eu pagando ISS em dia e tendo como provar, descontaram 5% de um cachê de 200 reais.

Assim como já haviam descontado o INSS 11%, mas como o numero do pis não batia, não me liberaram o pagamento de pouco mais de 160 reais EM CHEQUE.

E o recibo de RPA estava com a data de 31 de MAIO, e já estamos em 30 de junho.

Agora me pergunto em que patamar esta a relação entre esses "produtores" e os atores que vão fazer a Sedição de Juazeiro?

Pois eu não tive sequer um contrato, ainda não assinei nada em relação a liberação de imagem, o cachê muito a quem de qualquer realidade!

Principalmente depois de hoje, não me arrependo de não ter aceito o papel de Hermes da Fonseca nessa produção, pois vejo que os transtornos seriam os mesmo e ou piores, haja vista que envolveria muito mais tempo, ou perca de tempo, pois o cachê para este papel que me foi oferecido também seria a mesma quantia malfadada de 200 reais e seus infames descontos.

Que produção amadora é essa que não se comunica com informações corretas ou sequer sabe o famoso MODUS OPERANDIS de um sistema de pagamentos?

Gostaria aqui de externar minha chateação e transtorno, que ainda terei que passar pois ainda vou ter que voltar na FGF tentar resolver os erros de números trocados e ainda descontar a fortuna de pouco mais de 160 reais, isto é se o cheque ironicamente não estiver cruzado.

Por favor aos que leram se possivel repassem ao maximo este email, por uma questão de comunicação com os nossos colegas que pretendem participar de mais laguma produção com essas pessoas...

E para completar o meu dia de tempo perdido, apos pegar o malfadado cheque na FGF tive ainda que passar por dois terminais de onibus e ir ate a agencia do Banco do Brasil, para desconta-lo, detalhe cheguei la as 15e20 fui atendido 16e40...


Graco Alves (ator/revoltado)

28 de abril de 2010

Sou ou não sou MetroSexual eis a questão???!!!

Hoje quando da visita de um amigo aqui em casa, e me mostrando as compras que ele havia feito de maquiagens para o seu grupo de teatro, me apeguei a um lápis de olho, um corretivo e um baton super vermelho, já estava quebrando meus hábitos em estar todo de preto, não, não se preocupem não estou de luto, estou sim é com a maquina de lavar quebrada. Voltando então me deu a maior vontade de testar as maquiagens do meu amigo.
Então me pus a tirar os lacres dos produtos, passei corretivo nas olheiras, uns pequenos toques de baton para dar uma cor mais viva nos meus lábios, passei um traço muito sutil no olho, passei meu perfume bem amadeirado e fui para a faculdade, me sentindo ao mesmo tempo lindo, fresco e estranho.
Coloquei o boné "jurando" que disfarçaria a produção meio punck meio gay (risos), no meu caso gay mesmo kkk, me joguei no Montese Lagoa a caminho da faculdade, de cara a cobradora já olhou para mi e deu um sorriso de canto de boca, mas fingi que não era comigo e logo logo esqueci de analisa-la, mas acho que para variar nessa terrinha que moramos, deve ter sido de "mangação" o velho estigma do Ceará "muleque" que me mata.
Então cheguei radiante na faculdade, e dei de cara com o Elano que curte muito esses visuais mais modernos, mas nem ele percebeu, e depois um e depois outro e ninguém falou nada, eu me sentia como se meus olhos saíssem da cabeça.
Olhava especialmente todos nos olhos, coisa já faço normalmente, mas hoje era diferente, poxa vida tava de maquiagem, "coisa de mulherzinha", e eu em fim me permitira a isso.
Nada, o apice da minha frustração as avessas, foi quando perguntei para o Lipe, se ele percebera, ai ele me solta a seguinte frase:
Lipe: Ah! Eu até que percebi, mas pensei que você tivesse vindo de uma apresentação e não deu tempo de limpar o olho!
Quase desmaio.
Meu mundo, meus olhos, minha "maquilagem" praticamente Maysa, tudo foi ao chão....
Então me pergunto um artista homem, tecnicamente homem (isso eu ouvi de um guardo do ronda quando viu o Denis sair da minha antiga casa so de toalha enrolada no corpo,mas isso é outra história), gay, de maquiagem no seu dia-a-dia, é ou não METROSEXUAL?

27 de abril de 2010

Que nem Alice no país dos mares e das ervilhas

Amanhã quero café da manha de hotel 10 estrelas.
Quero um suco lilás um tom a mais do açucar
chocolate até os pés
sem cortar nenhuma cabeça de fósforo, vermelha, ruiva, rubra rosa
Tô azul de abandono
verde amarelo azul e branco de fome.
Se não tem pão que eu coma todos os brioches.
Durmo que quase desmaio
até o sol bater na minha única janela as que não são a da alma.
Vontade de correr nu nas avenidas
só para fazer a digestão, e ser mais indigesto ainda para os povos dessa cidade.
Quero um buraquinho, nem que eu tenha que consumir todas as beberagens ou para crescer ou para encolher, engordar mais impossivel.
Ai tô magro?!
Jura?!
Nem me fale, os motivos não são nada ligths.
Sem mais, a diabetes n'alma me controla o paladar e a língua claro.

11 de fevereiro de 2010

Converssa franca com alguém que tenta me conquistar pelo MSN

Graco Alves diz:
eu sou um cara de 31 anos
moro só já há mais de 6 anos
moro só por querer e gostar de ter conquistado minha liberdade e privacidade
me dou muito bem com minha família
eles sabem sobre minha postura sexual
eu trabalho muito para poder ter minha vida e independência
sou artista e se isso for motivo de algum preconceito saiba que a minha profissão é muito importante para mim.
atualmente to terminando faculdade de artes cênicas
trabalho meio turno em um ong
moro só em uma kitnet no centro da cidade, de quarto cozinha e banheiro
sou um cara simples
nao gosto de snobismos
mas tambem sei que sou um cara culto e de bom gosto
sou humilde porém não simplório
quero muito um relacionamento presencial e vigoroso onde me sinta amparado pelo coração
não procuro marido rico, nem fazer turismo sentimental
tenho receios em relação a distâncias pois sou muito de pele e de olho no olho
sou sério mas tambem tenho muito bom humor gosto de me divertir e dar boas risadas
gosto de cozinhar e sou muito carinhoso
tambem sou ciumento mas não sou barraqueiro
FULANO DIZ:
FOFOOOOOOOO
MAS TE GARANTO QUE SE COTINUARMOS ASSIM TUDO PODE ACONTECER ETRE NÓS
TUDO
Graco Alves diz:
tento viver com uma renda de um salário e isso ainda não é o suficiente para que eu tenha a vida que eu quero
FULANO DIZ:
VC MEXE DEMAIS COMIGO E ISSO E BOM
VERDADE
ESTA CERTO
Graco Alves diz:
mas tem me bastado para o necessário, e me sinto digno por conta disso
sou um lutador e quero mais, tenho meus sonhos
desculpe ter escrito tudo isso assim dessa forma
mas não gosto de perder tempo.

5 de janeiro de 2010

Depois de uma estreia recebi a seguinte "crítica". Logo a baixo segue a minha resposta. Graco Alves


Quando eu penso que ví de tudo nessa vida de dança... ainda há espaço para sentir aquele vermelhão sem graça na cara... efeito típico de quem sente vergonha de tanta ridicularidade...
Pessoal!
Um certo amigo meu da dança cearence me chamou para assistir o balé da Cia. Jane Ruth, intilulado: CALIFON ou Universo Feminino

Meu Deus!!!
Que abobrinha de pesquisa! Uma loucura, como uma pessoa pode ter tanta coragem de se expor tão ridiculamente?
Além de uma pesquisa confusa, ou seja eu não sabia se era um trabalho que ressaltava o conceito de vida da mulher, no âmbito geral .... ou se era um Show Sensual de "Striper" com direito a dublagem de Ádma Shiva(artista transformista da noite na Divine)...
Com tatos desencontros fui tentar observar a parte técnica, e foi aí que percebi que o "engodo" era maior do que eu pensava...
Bailarinas Gordissimas, fora de forma, sem contar com a própria fílha...
Há um despreparo muito Grande neste tipo de produção, como será que as pessoas lá fora veêm a Dança Contemporâne cearence?... são trabalhos como este que apontam fragilidades e o amadorismo disfarçado em cima de tanto Marketing na qual a Diretora desta compania faz...
O que penso é talento e sucesso são receitas que acontecem espontaneamente... mas isso quando se desenvolve sem pressa de querer chegar a ser uma coisa que não é...

Ass: Comentário Critico
Este tipo de comentário, tão cheio de amargura e ao mesmo tempo, vazio de sentidos estéticos, deve a princípio merecer aplausos, pois que assim o fez tem que ter coragem de se desnudar dessa forma, pois escrever tão veementemente assim requer coragem, na força da raiva, com certeza não percebeu a enxurrada de equívocos que cometeu, que vou enumerar a priori:

· Faltou o exercício da ÉTICA:

Ética é uma palavra de origem grega, com duas origens possíveis. A primeira é a palavra grega éthos, com e curto, que pode ser traduzida por costume, a segunda também se escreve éthos, porém com e longo, que significa propriedade do caráter. A primeira é a que serviu de base para a tradução latina Moral, enquanto que a segunda é a que, de alguma forma, orienta a utilização atual que damos a palavra Ética.

· Faltou também uma revisão básica em algumas palavras e isso se chama ERRO ORTOGRÁFICO primário:

A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.

Exemplo 1: cearenCe onde o correto seria cearenSe

ce.a.ren.se dois gêneros, natural ou habitante do Estado do Ceará, Brasil.

Exemlo 2: companIa onde o correto seria companHIa

Com.pa.nhia é um conjunto organizado de meios com vista a exercer uma atividade particular, pública, ou mista, que produz e oferece bens e/ou serviços, com o objetivo de atender a alguma necessidade humana.

No mais a quem interessar possa, leia o mesmo texto dessa alma afoita, que agora no fim do ano precisa e muito de orações e muitos abraços, pois só assim este coração se abrandará.

Particularmente, não acredito que algo mais deva ser mencionado quanto a este triste email, mas em relação ao trabalho falado o Califon – Universo Feminino, foi responsavelmente pesquisado, montado e apresentado neste fim de ano como um EXERCÍCIO PÚBLICO, tanto que nem cartazes tivemos, muito menos foi cobrada a entrada, que com certeza este jovem entrou sem pagar, já que foi a convite de um amigo, e que ponho até em dúvida essa amizade, pois amizades e covardia são coisas que não combinam.

Quando alguém fala que já viu de tudo na vida pressupõe-se uma imensa experiência de vida e proporcionalmente de vida profissional, no caso aqui a pessoa assumidamente covarde, por não expor seu nome, e por vulgarizar o sentido ideal que a crítica de dança tem, que é de fundamentar, questionar e até mesmo elevar a reflexão sobre escolhas técnicas e estéticas.

Continuarei pontuando baseado no “texto “crítico” ”.

Califon não tenta, nem quer mostrar a mulher em sua plenitude, até por que esse mote desvela, um zilhão de possibilidades criativas, pois a mulher, é um ser tão infinitamente isnpirador que é impossivel reduzi-la em um trabalho de quarenta minutos, mas no nosso caso, as nossas bailarinas, neste “texto “crítico”” chamadas de gordíssimas, foram fonte direta e integral da e na pesquisa, já sobre estarem acima do peso, questiono, então que mulher é essa que so se padroniza nos moldes das passarelas, entãoq quer dizer que para ser mulher tem que ser magra?, ou por ser bailarina não pode ser gorada? Onde está de fato a liberdade que a dança contemporânea nos permite ter? Pois o autor que vos fala (Graco Alves) pesa 120 quilos e entra aqui em defesa direta em relação a esse dogmas provincianos em relação ao exercício da dança, não estamos representando fadas nem cisnes e sim mulheres de carne e osso que são mães, amantes, que lutam e trabalham.

Outro ponto que vejo um infeliz recalque é quando se refere a presença do Jovem artista Julio César que é acima de tudo um bailarino de renome e que dentro das nossas atividades exerce outra função de ensaiador além de bailarino. Continuo perguntando, e por que não a presença dele como transformista, função artística que ele também exerce profissionalmente e de grande qualidade também, vejo aí também um preconceito extremamente baseado na cegueira da ignorância e do distanciamento, mais uma manifestação provinciana do “”””crítico”””, para que de uma forma ou de outra seja visto ou seja lido, pois não sei ele quanto artista, mas o BCAD e a Companhia de Dança Janne Ruth (coreógrafa, bailarina, marqueteira sim, mãe e mulher)... Então como dizia, esse grupo já participou de vários projetos na cidade com destaque reconhecido de platéia e de qualidade técnica, fora as tournées norte e nordeste, pelo interior do estado e Internacionais, ou seja nós não perdemos tempo execrando o trabalho alheio, nós trabalhamos e muito duro pois esses resultados não vão só para os palcos, e sim para toda a comunidade da Bela Vista, Mucuripe, e São Gerardo, bairros estes atendidos pelo nosso projeto social, perfazendo um total de 400 crianças e jovens, acredito que quando esta pessoa viu o califon, com certeza não chegou mais cedo para ver o nosso espetáculo que lindamente aconteceu no dia 16 de dezembro no Theatro José de Alencar, com platéia esgotada (lotada) para essas 400 crianças terem seus sonhos realizados através da dança.
Quero também deixar bem claro aqui, que o BCAD e Cia. Da Dança Janne Ruth, estão sempre de portas abertas, para visitas, para troca de experiências, pois acreditamos que isso sim engrandece o trabalho artístico local e os processos de formação dos profissionais na cidade.
Graco Alves