25 de março de 2012

Sysygium malaccense


Agora há pouco vendo as fotos de uma amiga, que de certo me ama muito, encontro uma foto minha mascarado de Papai Noel, ao lado da minha avozinha.  Ah! E como tenho pensado nela por esses dias e meses, na rua que moro existem muitos pés de jambo, e só agora percebi o quanto os jambos me sugam para um tempo da avozinha! Maria dos Reis de batismo, para mim para sempre a Vó Resila. Então vejo os “jambeiros” e tenho vontade, vontade de menino “subidor” de árvores, as calçadas rosadas de pistilos e quero deitar e rolar neles, uma ânsia, uma sensação de algo perdido, tem dias que elas, as calçadas, mudam do tom de rosa dos pistilos, para o tom arroxeado dos jambos maduros estourados das pancadas quando vão direto ao chão e me pego saltando amarelinha apressadamente sem querer sujar meus adultos sapatos com sua polpa branquinha e nodosa, mas ao mesmo tempo me digo: Que desperdício! Sim pois ninguém os deseja como eu os desejo. Uma fome de sei lá quantos, sim os desejo, pois os tais jambos ao chão me fazem lembrar do imenso pé de jambo que na casa da minha avozinha existia, sim, pois assim como ela, o mesmo me foi arrancado sem tempo de alguma despedida ou chorosa partilha de tempo. Se me perguntarem se onde moro é um ambiente familiar? Direi que SIM. Minha rua assim é familiar, com todas as letras, folhas, pistilos, sementes, caules, raízes, flores e frutos, pois os mesmos me viram crescer com olhos sempre altivos assim como os da minha avó, sempre ambos estavam do alto a observar minhas meninices e agora minhas saudades de DESmenino!