23 de agosto de 2010

Horaro eleitorau gratis


Hoje vendo e ouvindo(diga-se de passagem que em alguns casos tive que colocar o ouvido bem próximo da TV para poder crer no que ouvia) o horário eleitoral gratuito, já que não tinha escolha de como e para onde mudar o canal, comecei a perceber a dicção e a verborreia que os futuros representantes dos interesses pessoais e coletivos da sociedade começam a falar.
Aí vem o festival de absurdos tipo:
Luizianne Lins (ainda bem que não votei nela, e nem vou votar na mãe dela) falando ANTOIU, e quase que 90% dos outros falando a expressão CANIDATO, me contorcia de vergonha e minha descrença aumentava a cada CANIDATURA que me era oralizada.
E pasmem que a proposta que mais me convenceu e que pelo menos eu já decidi em quem votar foi a proposta da Ex Miss Ceará Vanessa Vidal que por incrível que pareça é MUDA e não incorreu no deslize de "falar" CANIDATA, eu a vi, a ouvi, li e decidi que ao que falta a ela de audição, falta aos outros de conteúdo.

22 de agosto de 2010

Bisbilhotice que rima com idiotices

Olhando um álbum virtual de uma amigo que agora está morando na Tchecoslováquia, o vi literalmente bem nas fotos ao lado do seu "com sorte", cá estou eu me repetindo nos termos, tá na cara que estou em crise com este termo e seu significados e significantes reais e literais, pois bem...
Voltemos aos países longínquos, então tive a súbita inveja de querer estar lá, não sei ao certo se vivendo a vida dele, ou vivendo como ele, não sei, mas me veio aquela inveja que não é a inveja dos maldosos, a inveja dos destruidores, mas aquela frase: Por que não eu? ou até... Bem que poderia ser eu!
Já disse e repito para que aqui fique documentado de uma forma ou de outra, que me sinto por demais expelido pela minha terra, assim como se diz na piada de péssimo gosto, como se fosse parido a fórceps por um peido, sim me sinto um produto abortivo nessa e dessa terra.
E durante o instante inveja que não é a má, repito para que não me julguem e se caso aconteça algo a este amigo o qual tenho como modelo e referencia, agora não digam que foram as minhas palavras e pensamentos. Muito pelo contrario, o admiro muito sou feliz por ele e por suas conquistas, mas volto a velha prancheta dos desenhos que elaboram os desejos de que como no título do filme... Que dias melhores virão, e se for o caso q seja fora e ou bem longe daqui.
Sei também que não sou o único com esta sensação de despatriamento nos pés, não sou um deslumbrado com a metrópole (no caso falo de São Paulo, pois toda vez que retorno de lá, fico deprimidíssimo, digo toda vez que volto de lá por que desde que em 2007, passei um mês vivendo lá que prometi a mim mesmo que iria pelo menos uma vez por ano a esta cidade que me acolheu, mesmo que como turista, artista sei lá o que!).
Tenho vontades mil de ir embora mesmo que seja só pela imaginação, até por que é a única que me permite ainda a muitas coisas, ultimamente tenho sentido muita vontade de criar, sonhei com um espetáculo inteiro outro dia, me via dirigindo eu mesmo em cena e pra variar um palhaço novo a cada cena, mas também sei que algo me bloqueia e algo que vai alem de não ter dinheiro para que minimamente torne meu trabalho criativo que para  mim é tão rico, seja e tenha algum valor, to cansado de adaptar ideias grandiosas com orçamentos curtos, sinto que pedaços de mim são arrancados por uma guilhotina cheia de cédulas estampadas em seu gume.
Se me perguntarem atualmente o que me faz a cabeça ou que me tira do sério, responderei envergonhado que é com certeza o aluguel, poderia mentir, dizendo, que seria uma mulher, uma musa, um homem, um amor, um carro, uma viagem (nem isso pude me dar ainda, um breve retorno a São Paulo, e sei que se esta promessa pessoal que me fiz, for descumprida, terá o resultado igual a todas as outras que já quebrei, me dou mal sempre) e até este pequeno luxo de fazer esta viagem com cara de férias de burguesinho ainda esta distante, tanto pela grana, quanto pelo tempo e oportunidade.
Tenho aulas, tenho grupo de pesquisa, tenho compromissos, família, amigos etc etc etc...
A real realidade é que já constatei que me prendo a esses motivos muito mais do que eles merecem, na justificativa fraca e inconsistente de que são meus COMPROMISSOS e aí a minha conduta coerente me cobra medidas drásticas, me colocar sempre em segundo plano desta cadeia alimentar.
Aí vão-se os planos, as possibilidades, as alegrias, a tolices e o supérfluo, sim por que eu mereço isso nem que seja no lugar da roupa nova de natal e ano novo.