19 de março de 2009

Então, que seja doce.



Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte:que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante.Mas, se alguém me perguntasse o que deverá ser doce , talvez não saiba responder. Tudo é tão vago como se fosse nada.Ninguém perguntará coisa alguma, penso. Depois continuo a contar para mim mesmo, como se fosse ao mesmo tempo o velho que conta e a criança que escuta, sentado no colo de mim(...)☆
☆ [Os dragões não conhecem o paraíso -CAIO FERNANDO ABREU] ☆

Um comentário:

Imprima aqui suas palavras, verborragei o que sente.